terça-feira, abril 08, 2008

Camisolas

Ando um pouco entediada com o requinte de apartar da nossa espécie.
Eu sou disto, tu és daquilo, o outro é da outra coisa..
Pelos vistos a pulsão provocada pelo fenómeno da globalização ainda não teve o impacto suficiente na mente humana.
E cá continuamos com os separatismos ridículos..
Ele é cores, clubes, partidos políticos, religiões, marcas e estilos de roupa, grupos, grupinhos...
Tudo não passa de uma necessidade social vital ao humano de se integrar na sociedade através do recurso a uma identidade social.
Até aqui tudo bem. Mas se observarmos as consequências em termos duma sociedade alargada, depressa se verifica que todos estes grupos servem o tributo do separatismo bruto, em que eu sou melhor porque pertenço a este grupo e tu és menos porque pertences a outro grupo. E cá andamos nisto, esquecendo a fome, a miséria e a injustiça social que este país respira.
Somos fantásticos fantoches, escravos de camisolas.
Para quando uma individualidade expressiva de uma consciência social saudável?


Para concluir, encontro aqui cabimento o recordar destas palavras de Jorge Palma :)

2 comentários:

ARN disse...

Neste sentido, sê puta.

In Lak'ech (sou um outro tu) disse...

Ai mas é que tenho de ser mesmo.
O meu nervo aqui dá jeito.

A leveza de Ser equivale ao peso da consciência..