quinta-feira, julho 17, 1997

Êxtase

Um dia, no tal planeta das criaturas estranhas, o sol brilhou mais forte, a lua enlouqueceu, abriram-se fendas colossais na terra e delas brotaram vulcões, o mar enfureceu e tornou-se revolto, o céu ficou vermelho e o ar desapareceu.
Foi um espectáculo sem igual, onde a natureza tomou conta do uno.
Foi nesse dia que compreendi a verdade da vida. Foi nesse dia que tudo ficou mais claro e limpo. Foi um dia de verdade, paixão, onde o sobrenatural e o amor representaram esta encenação como principais protagonistas.
Nesse dia a vida ficou mais bela, o que era impossível.
A minha alma vinculou-se a outra e com ela navegará até ao fim do mundo, até que a terra exploda, a matéria se desintegre e o infinito se canse de existir.
A ti pertenço, minha alma linda e pura. Adoro a tua existência e nela fundamento a minha existência. Não sou sem que sejas e viverei até que queiras viver. Escuta a minha prece de que querer dentro de mim.

quarta-feira, julho 09, 1997

No Planeta das limitações

Isto não era, realmente necessário. Cá estou eu mais uma vez no planeta das ilusões e desilusões, onde tudo vive e tudo morre, tudo mexe e tudo pára. Onde reina a desordem e a violência. Enfim, neste sítio tão agradável e simpático para viver.
Tenho saudades de casa, mas que fazer? Ainda tenho de esperar até apanhar o voo de volta pra casa.
Aqui, não se está muito mal, mas as pessoas são estranhas, ou sou eu que sou estranha, não sei. Talvez sim. Talvez seja isso, afinal eu é que não pertenço aqui. Tenho que admitir que não caí aqui sem propósito, e por isso tenho que o levar até ao fim, até ao último passo desta viagem. Mas de qualquer forma não tenho a vida minimamente facilitada, isso é certo.
A leveza de Ser equivale ao peso da consciência..