quinta-feira, outubro 24, 1996

Equilíbrio

Eis a chave para uma vivência feliz. Eis o objectivo de qualquer um mesmo inconscientemente.

sexta-feira, outubro 18, 1996

Tiro ao alvo

Preciso de um alvo. Quem será que vai cair nas minhas macabras garras?
Eu sei, eu sei que isto é estranho, nunca fui muito a favor destes processos, mas a verdade é que estou a precisar de um pouco de ritmo na minha vida. Tenho que me mexer!
Às vezes é preciso esquecer um pouco os nossos tradicionais objectivos e atirarmo-nos de cabeça, abstrairmo-nos do que sempre achamos correcto e confiar no "acaso", pois este pode ser um grande e agradável amigo,.
Só espero não errar, para variar. Por isso peço ao tempo e à loucura para que me dêem um empurrão, uma mãozinha caridosa nesta minha paranóia.

sexta-feira, outubro 11, 1996

As nossas escolhas

Na vida há várias hipóteses a seguir, mas apenas distingo duas, o caminho certo e o errado. Resta saber qual é qual e escolher.
Ao longo desta minha curta e estranha existência já percorri os dois e penso, finalmente, saber qual é qual. No entanto, às vezes é difícil distingui-los. São bem diferentes, mas a verdade é que caminham de mãos dadas por estranho que pareça..
...e foi assim:
Um dia o espaço fodeu a terra e daí resultaram criaturas bizarras, autênticos abortos, frutos de uma relação momentânea e eterna, frutos da criação do infinito. Como tal, devemos navegar no espaço, ser enterrados na terra para podermos alcançar o infinito.. Será? :|

[Muita teoria arranjava eu nesta altura para justificar a existência :P]

quinta-feira, outubro 10, 1996

Eu

Replente inodoro de estranhos; duradoiro e eficaz; contra pobres de espírito e mentes materialmente mediocres e ocas; ser pensante e estranho, incompreensível e feliz; promiscuo representante de raça em vias de extinção.

Força da gravidade

O ser humano não pode mesmo negar a sua origem. Andamos sempre com os pés em cima da nossa mãe, e por muito alto que consigamos ir e saltar, acabamos sempre por vir parar à terra. Estranho efeito este, o da gravidade...
Tão grande é esta relação, que se a quisermos abandonar e saltar bem alto, ela castiga-nos nessa queda mortal.
Só espero acabar com esta relação o mais depressa possível. Quero morrer e voar, para o resto da minha traiçoeira existência, só não entendo porque nunca mais vou. Por isso peço-te a ti, terra mãe que te suprimas, te encurtes e me mostres quem espero. Vá lá, não sejas tão sádica pra mim. Ajuda-me nesta minha busca incessante em direcção ao nada, a convergir para o infinito.
Sinto-me cada vez mais pegada a ti aos teus, é inevitável. Perdoa-me esta falta de amor, mas sei que me compreendes melhor que ninguém.

terça-feira, outubro 08, 1996

Nirvana

Pois é, nada muda em cada dia que passa, ou muda?
Neste meio, perdemos a nossa vida assim, sem nada útil para fazer, e valerá a pena?
A vida.... A vida, mas afinal o que é isso? Talvez um curto espaço de tempo, em que não há espaço para pensar mas apenas para agir.
A vida é uma questão de sorte em que só os mais fortes resistem a tantos obstáculos.
Continuo a achar que devíamos ter um "guia de vida", assim que nascêssemos, para sabermos os caminhos a seguir, pois assim andamos, constantemente, à deriva, a passear pelo nada, a voar até ao infinito.
E até agora não há perspectivas de Nirvana. Quando vai este sofrimento acabar? Espero que em breve atinja este meu tão esperado Nirvana. Mas sei que, para isso, preciso de achar "aquele que nunca vi".

quinta-feira, outubro 03, 1996

Pó da terra e orvalho da manhã

Perguntam-me porque é que escrevo. Mas não sei responder, mas na verdade, não sei porquê. Será que a nossa macabra e complexa inteligência nos dá para termos estas taras sem as conseguirmos justificar?
Mas suspeito que seja porque não tenho ninguem a quem contar o que escrevo. Falta-me alguém que não existe, alguém criado do pó da terra e do orvalho da manhã, alguém que desejo conhecer, sem, no entanto nunca ter visto.
Será que procuro alguém que na realidade não existe e nunca foi criado? Duvido que alguém me possa responder. Mas será que esta esperança um dia vai acabar, me vai abandonar, desprezar, esquecer, evaporar?
Na verdade não sei porque a sinto dentro de mim. Não sei de onde veio, nem para quê. Só sei que não quero que se vá embora, pois eu preciso mesmo achar esse alguém que não existe.

segunda-feira, setembro 30, 1996

Solidão Graciosa

Estou sozinha, mas a culpa é minha. Quem manda a mim ser diferente?
Isolar-me no meio de uma multidão e pensar de forma diferente?
Mas sou feliz, incompleta mas sobretudo feliz. A vida sorri-me e eu.. bem eu rio-me pra ela e dela.
Chega de materialismos se o que faz de nós diferentes é a nossa anima o nosso espírito, o nosso karma.
A vida é realmente uma surpresa até ao último centésimo, à última grama, ao último milímetro, até ao fim.
Compete-nos a nós devendarmos este labirinto, este puzzle, este quebra-cabeças, esta merda.. Descobrirmos o significado das coincidências e acontecimentos aparentemente sem nexo e sermos superiores ao nos sentirmos inferiores.

sábado, setembro 21, 1996

Estados de Retórica

Será que o rio azul se tornou roxo? Só mesmo o tempo o dirá.
Porque é que este optimismo me impede de morrer, e me faz continuar a respirar este ar impuro?
Será que voltei atrás no rio e vou navegar mais uma vez o mesmo espaço, com a mesma vida e com o mesmo fim?
Porque é que a vida me continua a sorrir se não há ninguém real, com graça nesta vida que adoptei e insisto em não partilhar com ninguém?
Será que vou chegar a algum lado assim?
Porque é que me sinto tão feliz, se no fundo sou tão sozinha?
Serei assim tão ignorante ao ponto de pensar que sou feliz sem, no entanto, o ser?
Gostava que alguém me respondesse, mas não tenho ninguém a quem perguntar.
Não quero que me perturbem com amizades, se na verdade é impossível ser-se amigo de alguém que não faz por isso.
Tenho mesmo a ousadia de perguntar: serei desajustada?
Serei eu apenas mais uma criatura que faz parte do cenário da vida de outra?
Será que esse alguém não existe?
Será que a vida afinal não tem propósito algum?
Gostava mesmo que existisse alguém capaz de me responder. Porque só o facto de esse alguém existir, seria a resposta para todas estas perguntas.

domingo, junho 02, 1996

O rio está azul

E na minha vida o rio está finalmente a ficar azul e espero que assim continue, até que a morte resolva finalmente fazer uma visita.
O rio está azul e o céu cor de infinito, a vida cor de nada e o amor cor de um sono profundo. A morte está verde, sempre tão simpática e fiel, até que um dia comece a gostar demasiado de mim, se apaixone e me leve consigo para o infinito.
Em toda a minha existência fiz, faço e farei tudo pra agradar à morte e não à vida. Pois vidas já tive mais que mortes, pelo menos mais uma, e espero não vir a ter mais nenhuma vida mas somente uma longa e infinita morte.
Estou farta de errar, farta de não ir pelo caminho certo, espero desta vez, nesta vida, não errar na formação do meu espírito, espero não vir a ser, novamente castigada pela vida e espero que a morte esteja para me defender, como minha advogada.
Aí sim, o rio será totalmente azul e a vida afogar-se-á nele, com a morte e o tempo a rirem-se como loucos.
Aí quero estar para assistir ao desfecho da minha existência neste planeta que foi ocupado pelas distracções dele.
Espero que este dia não tarde e espero nunca mudar o pensamento, espero que esta segurança me persiga e este tempo não me impeça de falar, de ser, não me impeça de morrer para não mais viver.
Espero anda participar no piquenique organizado ela morte, pelo prazer, pela merda e pelo tempo, em que a vida não seja jamais uma convidada, mas apenas o "Bobo da corte".
Espero morrer como nasci, e já é pedir muito.
Espero, espero, espero...
E continuo a esperar até que o tempo deixe de ser generoso comigo e me entregue finalmente nos braços da morte.
Nesse piquenique vou apanhar uma bebedeira como nunca antes, até que entre em coma e assim permaneça no infinito, para não ter de me lembrar (como num lapso de memória) das vidas que tive e das vezes que errei e falhei.
Até esse dia, começo já por agradecer ao criador e às suas distracções, que me criaram e me mantiveram aqui neste planeta.
Assim, totalmente farta deste excesso de tempo, passo mais um metro deste rio que fica para trás, sem qualquer lembrança ou memória feliz. Não triste, porque nunca o fui, apenas frustrada, mas só um pouco.
Aprender com os erros para não voltar a errar, no entanto esquecê-los, porque de nada servem senão para morrer de arrependimento, que afinal é possível, ao contrário do que se pensa por aí.
E é olhando para o céu cor de infinito, que aqui registo um estado de espírito que espero não voltar a ter, pela sua insignificância, anti-didatismo e falta de bom-senso de metade da humanidade para com a outra metade, mais indefesa mas mais inteligente que são os estudantes.

quarta-feira, maio 22, 1996

No pântano

E o rio deixou de o ser, e passou a ser um pântano. A vida afogou-se no desespero, depois de ter pedido, sem qualquer resposta, ajuda ao tempo que por ali andava nas margens e que se riu como um louco ao vê-la afogar-se.
Talvez porque esta não quis um dia ir pra cama com ele.
E assim acabou a história da vida.
E assim lá continuou o tempo a escarrar pró ar e a dizer mal de toda a gente que passava.

sábado, maio 18, 1996

O tempo não existe

O tempo passa...
As hipóteses esgotam-se. E porquê? Porque é que vejo defeitos em toda a gente que passa? Porque é que não vejo nenhum ser perfeito, se no fundo todos o devíamos ser?
O tempo passa...
E as crianças aguardam um futuro com o mesmo fim.
O tempo passa...
Não há amor. Não há paz. Não há esperança. Apenas este tempo... que passa e passa e nos ameaça com o seu fim.
As hipóteses esgotam-se e o tempo escasseia.
As perspectivas são zero e esta vida de merda continua com o tempo a passar, a fugir sem volta...
E aqui estou eu a ocupar o meu tempo com as coisas mais banais e fúteis, quando há tanto por fazer no mundo.
E o tempo passa...
E o tempo é ridículo!
E o tempo não existe!
É apenas uma mera condição de vida, sem a qual, a vida não tem sentido, e com a qual, pouco sentido tem.
E o tempo rarefica-se pela estrada da vida.
Merda de vida! Vida de merda! Que pareces não ter fim, mas que no fundo, tens um fim tão próximo.
Responde-me se és capaz, para quê este tempo? Para quê esta vida? Eu desisto!
E continuo a viver a minha vida com o meu tempo: magníficos excrementos do magnífico sentimento "Amor"!...

quarta-feira, maio 15, 1996

Uma história qualquer II...

Mas foi num lindo dia de sol que o tempo descobriu que sentia mais do que um simples desejo sexual pela vida, e que na verdade a amava e a queria como esposa. E quando, nesse dia de sol, foi ter com a vida esta encontrava-se na cama com a morte que, sugando o seu tutano a fazia subir ao céu.
E foi aí que o tempo percebeu que não era apenas a vida que ele queria, mas também a morte.
E foi nesse lindo dia de sol que os três juraram laços eternos e existiram felizes para sempre.

Uma história qualquer...

Lindo dia de sol este em que a vida e o tempo pararam para se cumprimentarem, aqui no planeta onde nada e tudo acontece. Onde tudo anda e tudo pára. Onde as mães amamentam e matam os filhos. Onde o homem mata e ama. Onde os cães comem merda por prazer e não por fome.
Lindo dia de sol este... E a conversa não foi longa, demorou apenas alguns séculos. Até que o tempo conseguiu finalmente foder a vida, e esta, contente e feliz, deu-se quem a quis por amar-odiar tanto o tempo que nunca mais a cumprimentou desde então.

sábado, maio 11, 1996

A Festa II

E devido à ressaca do dia anterior, a vida, a morte, o prazer, a tristeza, o tempo, a droga, a merda e o amor não puderam estar presentes na festa da caridade organizada pela misericórdia e pela esperança, sempre tão cândidas e puras, sempre tão ingénuas e pudicas. É claro que nunca haviam participado nas festas do tempo, onde reinavam a droga e o prazer, criaturas que elas não suportavam e que tinham convidado apenas por hipocrisia.
Esta festa foi um eterno fiasco, sem a presença da vida e do amor e de todos os outros.
E passadas horas ainda estava tudo às moscas, moscas estas que foram o seu almoço, grelhadas com molho de manteiga e limão, acompanhadas por um belo e requintado vinho verde que a droga tinha deixado no sítio no dia anterior.
E assim, subiu a noite tirando lugar ao dia, e este vingando-se tirou-lhe o lugar passadas umas horas, fazendo assim amanhecer mais um dia.

sexta-feira, maio 10, 1996

A Festa

E o amor que já coube num oceano, cabe agora numa mosca. Uma mosca que esvoaça e atazana a humanidade, poisando em toda a merda que encontra pelo caminho e regalando-se e alambozando-se com todos os excrementos existentes.
E a mosca nunca será azul, nem nunca poderá alugar uma canoa no rio da vida. Porque a mosca e apenas um ornamento na natureza. E a mosca vive sem saber porquê e anseia pela sua morte sem, no entanto, nunca o ter sentido, ou sente? Mistério? Não, claro que não. Já dizia o Fernando P. que "maior mistério é haver quem pense no mistério".
No entanto, a mosca é detentora de todo o meu amor. Nela está presente o mais ansiado sentimento. Criatura imbecil... que comes merda por prazer, no entanto não deixas de ser uma criatura, pois o criador tinha de criar algo que comesse a merda da humanidade, provavelmente nunca pensou é que essa mosca pudesse armazenar o amor duma criatura como eu.
Não, não estou a dizer que o amor é uma merda, ele apenas se encontra perto desta, chafurdando nela e ouvindo-a dizer indecências, lambendo os seus escarros e comendo o manjar dos deuses que é o seu vomitado, vomitado este, que ela expele devido à sua sistemática piela.
E foi assim que o amor ao conhecer a merda a convidou para aquelas festas organizadas pelo tempo, que tinham sempre convidados tão ilustres, como a vida, a morte, o prazer e a tristeza, entre tantos outros.
E na primeira festa em que esta se encontrou presente, aborreceu-se. Pois não sabia dançar, escorregava sempre nas suas saias fedorentas e podres. Até que chegou a sua "ex", a droga, que desde que se tinha metido com o prazer, nunca mais lhe tinha ligado nenhuma. Pois o que aconteceu foi que o prazer ao ver a merda a fazer a corte à sua amante predilecta, desde que o amor o tinha deixado desgostoso, infeliz e inconsolável, armou um escândalo e só com a ajuda da morte conseguiram separá-lo da merda.
É claro que o tempo, que era o dono da casa, não ficou lá muito satisfeito, mas como todas as festas acabavam numa extrema confusão, depressa esqueceu o facto.
E foi assim que amanheceu mais um dia...

quinta-feira, maio 02, 1996

Excesso de Tempo

E o rio corre, corre...
Um dia há-de chegar ao mar
E quando chegar, espero que chegue azul.

E a vida passa, passa...
Um dia há-de passar de vez,
E qundo passar, espero que chegue ao céu.

E o rio é azul, azul de infinito,
Cheio de graciosidade e leveza,
Cheio de morte e de memória.
Uma memória que persiste e incomoda.
Uma morte respeitosa e fiel.

E o rio é apenas uma condição.
É apenas um caminho,
Um caminho da criação à criação
Só espero que chegue como partiu.
E quando chegar será a liberdade absoluta.

E o rio corre e a vida passa...
O tempo acaba e a vida ressurge.
E repete-se tudo de novo até que o tempo se canse,
E castigue a vida pela sua persistência irredutível.

E o rio corre em direcção ao nada, ao infinito.
E a vida navega pelo rio e deixa-se levar pela corrente,
Temendo as quedas de água (não vá a vida ter um inesperado encontro com a morte).
Embora pudesse até ser agradável à humanidade, num pequeno piquenique, vida e morte reunidas, como amigas de longa data.
E o tempo, esse veio depois, irónico como sempre, cínico e velhaco, escarrando pró chão e dizendo mal de toda a gente que passava, de quem ele conhece os mais intimos segredos.
Mas qual não foi o seu espanto, quando encontrou a vida e a morte como duas amantes. E excitadíssimo com a situação, quis juntar-se a elas. É claro que estas não gostaram nada desta visita, daquela horrível e fedorenta criatura, pela qual nutriam um ódio omnipresente. Sim, o tempo é o pior inimigo da vida e da morte, pois é o único que lhes limita os horizontes.
No entanto, eu falo por mim, e o tempo é o meu melhor amigo, sempre me foi fiel e generoso.
Mas elas correram logo com ele a pontapé, e o infeliz, rindo como um louco, lá foi cumprir mais umas horas da sua missão : atazanar o pessoal circundante.
Pois eu amo a vida, amo a morte, amo o tempo, amo porque me apetece! E ninguém tem nada com isso.

quarta-feira, abril 24, 1996

A fuga

Foi num dia de tempestade, que o criador se esqueceu de tapar a caixa das realidades concretas e das realidades sobrenaturais que elas se espalharam com o vento pelo universo. Fazendo o que lhes dava na gana, esquecendo-se da educação que lhes fora dada por ele.
Existiam sobre a lei da decadência e do ócio. Não respeitavam nada nem sequer a eles próprios.
E quando ele se apercebeu, era tarde demais, pois elas tinham ocupado um planeta e criado criaturas estranhas, bizarras e pouco inteligentes, e tinham-nas influenciado, desmedidamente e desequilibradamente.
Essas criaturas eram no geral infelizes, pois a Felicidade foi sempre muito semítica, mas havia quem fosse feliz, não porque a felicidade tivesse sido generosa mas porque a Loucura andava por perto.
Então a Natureza criou um espaço habitável e o Tempo deu um pouco de si a esse espaço. Depois chegou a vida que se deu a essas criaturas e mais tarde chegou a Morte, que não sabia ainda bem o seu papel mas que, no entanto, o executava na perfeição.
Mais tarde chegaram o Prazer, a Alegria, a Droga, o Amor, a Tristeza, a Inteligência, a Astúcia, a Burrice e o Pessimismo. E espalharam-se, como já disse, pela multidão de criaturas, prendando-as com um pouco dos seus caracteres e personalidades.
Então o criador, ao ver isto, tentou remediar a situação, fazendo ver a essas criaturas que ele é que era o criador delas e de todo o universo. E tudo o que elas tinham de fazer em troca da sua existência era alcançar um estado de espírito superior, para puderem sair daquele mundo cheio de equívocos e receberem uma recompensa num mundo bem longe dali, criado, desta vez, por ele.
E enquanto, vida após vida, morte após morte, as tais criaturas estranhas lutavam para saírem daquele mundo, todas as realidades foram para um planeta escolhido pelo criador, que as castigou e as prendeu, e de onde nunca mais saíram.
A leveza de Ser equivale ao peso da consciência..