quarta-feira, maio 23, 2007

Cronismo de karma

Amor à primeira vista..
Hoje falou-se disso no intervalo de formação dos meus adorados técnicos de qualidade.
É realmente fantástico como a vida nos molda e nos ensina. Como estamos em constante metamorfose de crenças..
Se me falassem há uns anos sobre isto, diria: "ridiculo..", "como é possível gostar de alguém pela primeira impressão?"..
Verdade é que hoje acredito.
Pois desde aquele flash de percepção, assimilação, identificação e organização da informação reteniana recebida, que a única mudança de sentimentos foi um crescimento exponencial do conjunto de sensações provocadas pelo primeiro impacto, naquele verónico dia do passado ano..
Negação, raiva, necessidade de distânciamento e mais uns quantos mecanismos de defesa não foram suficientes pra aniquilar este amálgama de emoções de devoção e cumplicidade.
Para quem tem um coração de gelo revejo serem sentimentos demasiado ousados de sentir.
E agora o tempo.. sempre o tempo.
Antes o tempo.. amanhã o tempo.
Tempo para interiorizar, para desmontar os mecanismos pseudo-protectores.
Tempo para entender e tempo para aceitar.
Tempo para decidir e para agir..
Tempo..
Desde o primeiro instante.. tempo.

segunda-feira, maio 14, 2007

Unidades de medida

O tempo não me diz nada.. Alguém me ajude! Preciso de um relógio novo para controlar esta percepção de tempo que me envolve.

Os erros são certos mas os valores também..

terça-feira, maio 01, 2007

O "Mais"

Homens-mulher, assustadoramente heterossexuais. Androgínicos de jeito esquízoide. Encantam a esfera feminina com os seus invólucros de machos dominantes. Revestidos com trapos selados por marcas socialmente aceites e acessórios de acordo.
Balanceiam-se pelos espaços sociais nocturnos, numa agitação preocupante pela sua insignificância.
Espelhado no seu perfil, uma pseudo-segurança vil, reacção, claramente contra-fóbica e petulante de quem teme não ser aceite, teme não ser amado. De quem sofre sem entender que a origem desta dor está, provavelmente na escolha de ser “o mais”.
“O mais” é aquele que julga, erroneamente dominar aqueles que o rodeiam. Mas, contudo, não consegue, tão pouco e sequer, dominar-se a si mesmo. Já que, primariamente ainda deambula na demanda da origem das suas acções mais ordinárias.
“O mais”, “o ser” socialmente aceite. Aquele que agrada a vista de todos. Invejado pelos do mesmo género, disputado pelas do género oposto. Na verdade, não passa de alguém carente de respostas, carente de valores, carente de exemplos.
Fruto de uma sociedade de consumo, “o mais” metamorfoseado pela mesma, resulta em algo, meramente consumível.

Obrigada a todos “os mais” que me alegram a vista, mas, por favor, não me incomodem com palavras que nem sabem proferir.
A leveza de Ser equivale ao peso da consciência..