domingo, março 16, 2008

Pra quando uma consciência social e política interventivas?

O registo cultural de influência repressiva e limitadora da Igreja Católica torna-nos de facto criaturas restringidas a círculos de acção nada inovadores ou promotores de crescimento individual.

A minha passagem por esta instituição foi baseada nos ideais supremos desse grande homem por quem me apaixonei desde que li a Bíblia. Esta paixão inevitável tornou-me consciente de que é importante pôr em prática certos comportamentos de entre-ajuda social. E assim fui.
No entanto, o meu auto-conhecimento continuou a 'mexer' e, por muito tolerante que seja, não me foi possível continuar a compactuar com esta instituição, que de cristã tem tão pouco.

Poderia até dar-me ao trabalho de nomear certos efeitos nocivos que implementa nas pessoas que lá estão, mas por ora não vou por aí.
A minha passagem por lá for mais demorada por outra paixão que tenho por outro grande homem, Baden Powell, e que fez prolongar esta minha estadia.
O movimento fundado por BP é sem dúvida de louvar pelos seus princípios e objectivos, e foi sem duvida das melhores experiências da minha vida. No entanto, se nem BP era católico, que legitimidade pode ter a Igreja Católica no escutismo?

Será possível que mesmo estando neste enquadramento social de globalização cada vez maior, de fácil acesso ao conhecimento, o nosso povo português ainda se mostra tão afectado por esta Igreja de mártires, santos (e os tornados santos por conviniência), falsos celibatários, virgens que rezam orações repetidas (que enquanto rezam não dão asas à líbido), mulheres que podem usar a matemática para não ter filhos mas estão proibidas de usar a quimica. Foda-se.

De facto enquanto esta influência se mantiver neste grau de nocividade à mente portuguesa, será difícil dar a volta a esta grande recessão económica que vivemos.
Continuamos com as vistas curtas.

Preocupa-me pela miséria que aumenta e que a maioria não vê ou simplesmente se conforma (como catolicamente convém) com a quantidade de injustiça social que se vive.

Realmente Portugal é o país de mentes ideais para maltratar, pois as pessoas reagem com uma enorme passividade a esta gestão política deste governo de merda.
Todos estão demasiado preocupados em se estupidificar com valores encobertamente-católicos, valores de um materialismo egoísta e de telenovela.

E quem vai ser caridoso, quem nos dará pão quando todos estivermos na miséria??
A Igreja Católica?
Ahahaha!

Já agora..
Acho que Cristo tentou fazer uma revolução ao querer acabar com a religião enquanto instituição, por isso não devia ser lá muito conformista nem devia gostar muito deste tipo de instituições.

E por último, não me lembro de alguma vez ter aprendido que Cristo era cristão (Obrigada João A.).

Sem comentários:

A leveza de Ser equivale ao peso da consciência..