segunda-feira, outubro 08, 2007

Estado-meia-estação

Com uma nova concepção da força da gravidade, sinto o peso cada vez menor que as pessoas exercem sobre o planeta.
Será que se torna cada vez menos relevante a sua presença aos meus olhos?
Que estranho sentir este sabor de ressaca após uma festa tão prazerosa.
Sinto o frio do vazio.
A voz da racionalidade diz que é temporário.
Mas a voz da intuição diz que não.
E depois?
"Para quê fazer projectos, quando sai tudo ao contrário?" (Jorge Palma).
Mas é inevitável questionar a emergência do amanhã.
Especular a insegurança de viver na expectativa de encher espaços.
Espaços que de tão vazios mirram, mas são cada vez mais presentes.
Continuo aqui no mesmo sítio de sempre.
Só pra que conste.

4 comentários:

andreia disse...

granditas, não te quero assim...

andreia disse...

granditas, não te quero assim
tu és mais forte e especial que essa força*
vá, reage*

Nelson Barra disse...

Estranho e admirável mundo em que vivemos. Um mundo, universo paradoxal onde tudo se mistura num sublimar de formas.
Concordo contigo relativamente ao aspecto que as “velhas” leis da física já mais não regem este mundo, universo. Todo é relativo e ao mesmo tempo absoluto, sente-se e não se sente no mesmo instante finito, tudo se desvanece e parece estranhamente claro.
Qual o nosso papel finito neste universo infinito, uma boa pergunta sem dúvida..?? Um mundo, universo ordenado na desordem que nós tentamos tenazmente viver num frenesim sem fim e propósito à vista.
A insegurança de ser, existir num universo ordenado na desordem afigura-se como a mais ameaçadora e inglória das tarefas, especialmente para as almas ricas e cheias que transbordam calor para o frio vácuo.
Será mesmo que a “absoluta” gravidade se tornou “relativa” ou será falta de visão/enquadramento da nossa parte..??

(Infelizmente, deixo mais perguntas que respostas..!!)

In Lak'ech (sou um outro tu) disse...

Caro Nelson..
O enquadramento é de facto desconfortável, mas é o cansaço que turva a visão.
O nosso papel é algo que descobriremos a cada segundo de existir. E resta-nos a constância do prazer desta descoberta diária.
Grata por esta tua luz :)
Espero ter o prazer de te ler mais vezes.

A leveza de Ser equivale ao peso da consciência..